Fato!.


Diz ao lado de caixas, mas poderia vir escrito no peito de cada um de nós: cuidado, é frágil.
O vermelho vivo das letras retratando toda a nossa urgência em viver, sendo também a mais bonita estampa possível daquilo tudo que(internamente) tanto nos incomoda.
Fugaz demais a felicidade que um olhar feio, uma atitude brusca, um atraso, mensagem nunca antes nem mesmo imaginada por nossa fértil mente.
Andar nas pontas dos pés, mover atitudes e palavras com cuidado e zelo, porque a vida só é grande de tanto que, simultaneamente, é leviana.
Somos frágeis e precisamos de doses regadas de abraços apertados, beijos em canto da boca, ver o sol, a rua, ao menos uma vez o dia.
Elogiar sempre que estiver saindo na ponta da língua uma possível felicidade do outro, pensar no bom e fazer o bem: lembrar de tratar com cuidado quem a nós é "caro" para não quebrar, mesmo quando a raiva ativa o sinal vermelho.
Um carinho nos fortalece tanto, pessoas boas presentes na vida são também flores que brotam em meio ao concreto - necessitam de um pouquinho de atenção, morrem da indiferença e no esquecimento, atropeladas pela pressa, estresse cotidiano, as tentações maléficas e invejosas por aí e a solta.
Pouquíssimo tem a ver a força que a gente aparenta, o tanto que se esforça, o poder que ostenta, a autoconfiança tão falsamente estampada.
Por dentro, mil e uma desconfianças, desilusões, problemas que cada um carrega no íntimo.
Impossível prever as quedas, os estragos, as cicatrizes e até onde dói cada ferida que nem mesmo sabe existir por trás dos dentes salientes e conversas descontraídas.
A porcelana de todos nós, enfeitada sempre de pinturas rebuscadas e cores vibrantes, mostra arranha com facilidade e quebra a cara, os sonhos e ideais, como o estourar de um balão ou o soprar do vento.

Humor bipolar, pouso de borboleta, o passar apressado das nuvens: tudo transitório, assim como as pessoas na nossa vida, as tantas vestes de nossos humores, elevadas e baixas temperaturas dentro do cotidiano.
Tem que se guardar na malinha que a gente é; mas não reconhece mesmo, porque nem sempre ser exatamente como gostaríamos é o recomendável pro momento.
O coração em melhor estado num potinho, bem guardado pelos milhares de anos que o vidro demora a se decompor, com a pressa que a gente passa por aí.
Embalados em plástico bolha, levados com delicadeza até o altar dos sentimentos.
Cuidado: somos frágeis.

JS

1 comentários:

Jéssica Foligno disse...

Amiga, eu amo você!!
Somos frágeis, pior que somos! Rs
Talvez essa fragilidade toda que temos é que nos faz sermos tão especiais!

Beijú

 

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