Resenha do mês.




Intempestiva, exigente, perfeccionista, reservada. Tudo isto sou por natureza! Não fique aí esperando que eu te dê meu coração embrulhado em papel para presente só por que você diz ser o homem certo. Demora um pouco até que eu possa confiar em você, até que queira confiar em você. São vários os fatores que influenciam se você terá ou não o número do meu celular. Eu posso assustar algumas pessoas com o meu humor ácido e visão centrada. Fria, calculista, sem sentimentos (dirão eles). O fato é que apesar do meu jeito reservado e sem alardes, sou bem sensível, capaz de sentir o que muita gente pensa existir somente em filmes antigos. Mesmo com o sentimento de amor que me banha dos pés a cabeça, o aviso é só um: cuidado! Há uma parede impossível de atravessar, e não há como pular o muro, devido a cerca elétrica que o meu medo tratou de colocar para que aqueles que tentem chegar ao outro lado, caiam no chão de terra, coberto pelos dias ruins. Há um medo que carrego como bolsas cheias de chumbo (uma de cada lado do corpo) e que não faço a menor ideia de como me livrar, um medo que por hora me afasta do que quero e de quem quero! Eu não preciso de um príncipe encantado, danem-se estes idiotas perfeitos que fazem parte dos sonhos sem chance de virar realidade. Quero mesmo é um cara que erre e que não entenda como minha cabeça funciona, mas queira estar ao meu lado mesmo assim, quero é alguém que tenha sensibilidade suficiente para atravessar a parede que o meu medo criou, que tenha senso para entender que esta parede se dissolve com carinho, amor e amizade verdadeira. Quero é alguém do qual eu possa gostar da voz (que nem precisa ser tão sexy assim), do toque, do som da risada, alguém que seja capaz de despertar as borboletas adormecidas há tempos em meu estômago. Eu quero alguém que me aceite como sou, mas que não deixe de discutir quando achar conveniente, que dê palpites, que questione, que não seja submisso. Gente submissa é a pior das gentes. O jeito mais bonito de ser gente é defender seu ponto de vista, até quando ninguém acredita nele. É de sentimento recíproco que eu preciso. Quero alguém que me entenda apenas ao olhar em meus olhos, mesmo ciente que todos os dias terá algo novo para aprender sobre o que eu não conto nem a mim mesma. Que diga que me ama mesmo vendo mais mistério que transparência. Que derrube um a um dos meus medos e com os pedaços faça estrada para trilhar ao meu lado. Que possamos pisar sobre o que nos amendrotou e dar risadas das incertezas que já nem são mais. Que seja capaz de amar a pequena porcentagem a qual souber a meu respeito. Que entenda minha teimosia (que eu tenho de sobra). Enquanto todo mundo diz que uma andorinha não faz verão, eu digo, que aquela ave é muito das espertas, capaz de prever o verão chegando antes mesmo das outras. O que os outros enxergam como fim, eu sempre vejo como recomeço.


Citado: (Kiss me, composição: Sixpence None The Richer)

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